Este
Sou filho de Salvador, filho da 3º cidade do Brasil, mas não sei porque motivo adoro o interior, adoro a roça, adoro a cultura nordestina de raíz, gosto das historias de matuto com seu conhecimento prático e eficaz, gosto daquele cheiro de terra molhada e daquele barro vermelho das roças.
Nos tempos em que o São João ainda era respeitado como cultura popular aqui na cidade "grande", eu enchia os bolsos de amendoim, um milho na mão e no bolso da camisa "bombinhas" artificiais faziam a alegria de todas as crianças da redondeza, o cenário era dos mais lindos... a cidade imitando o interior, com suas palhas de coqueiros, bandeirolas, fogueiras e a noite estrela por Deus e pelos fogos, se temos o protagonista e o cenário, precisamos de uma trilha sonora, e é ai que entra esse senhor da foto acima de sorriso alegre.
Luiz Gonzaga criou uma música que todos os anos durante os festejos juninos eu escutava involuntariamente e hoje não consigo festejar o São João sem ouvi-la, fez parte da minha infância, fez parte de minhas memórias, a música é Forró de Cabo a Rabo, mesmo sem saber o que aquela música queria dizer, adorava ouvi-lá, era minha alma nordestina se identificando ou a música é tão boa que encanta em seu primeiro momento. Segue a letra desta maravilha que Luiz deixou para a Música Popular Brasileira:
Eu fui dançar um forró, lá na casa do Zé Nabo
Nunca ví forró tão bom, nessa noite quase me acabo
Tinha um mundão de mulé, Sanfoneiro como o diabo
O forró tava gostoso, era forró de cabo a rabo
Nunca ví forró tão bom, nessa noite quase me acabo
Tinha um mundão de mulé, Sanfoneiro como o diabo
O forró tava gostoso, era forró de cabo a rabo
Vixi como eu tô feliz, olha só como eu tô pago
Nunca mais eu vô perder o forrozão lá do Zé Nabo
Vixi como eu tô feliz, olha só como eu tô pago
Nunca mais eu vô perder o forrozão lá do Zé Nabo
Nunca mais eu vô perder o forrozão lá do Zé Nabo
Vixi como eu tô feliz, olha só como eu tô pago
Nunca mais eu vô perder o forrozão lá do Zé Nabo
Era poeira subindo, era aquele poeirão
E os cabra não deixava o Zé aguar o chão
Ele chamou um soldado, e o soldado chamou um cabo
E o forró continuou, e foi forró de cabo a rabo
E os cabra não deixava o Zé aguar o chão
Ele chamou um soldado, e o soldado chamou um cabo
E o forró continuou, e foi forró de cabo a rabo
Músicas:
- 01 forró de cabo a rabo
- 02 forró da miadeira
- 03 açucena cheirosa
- 04 passo fome, mas não deixo
- 05 boca de caieira
- 06 rodovia asa branca
- 07 xote machucador
- 08 viva meu padim
- 09 engambelando
- 10 forrónerão
- 11 queimando lenha
- 12 quadrilha chorona
- 13 eu e meu fole
Parabéns pela iniciativa. Divulgarei seu blog entre meus amigos amantes do bom forró.
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